Passagem por Joinville - 16/11/2011

Acordei disposto a chegar em Itapoá, no litoral norte do estado. Mas antes tinha que vencer os 70 kilômetros até Joinville. Não foi tão difícil quanto eu pensava. Não sei por que, mas parece que hoje minhas pedaladas estão rendendo mais. Acho que foram todas as sopas que tomei na casa do meu irmão... rsss.  No caminho registrei algumas belas imagens:

Cheguei a Joinville antes mesmo do que esperava. Ainda não era meio-dia, mas eu já podia sentir “cheirinho de fome” no ar. E ali mesmo no famoso pórtico de entrada da cidade onde aproveitei para colher informações e tirar algumas fotos, descobri que havia um restaurante dentro do pavilhão de eventos da Expoville, que ficava logo ao lado. Fiquei sabendo também que naquele dia estava acontecendo o encerramento da 73º Edição da Festa das Flores e como a entrada era gratuita, resolvi unir o útil ao agradável e entrar para conhecer e mostrar a festa e também forrar o bucho... hehehe.

 Eu em frente ao moinho junto ao pórtico da cidade...

  

A fome era grande, então tratei logo de descolar um rango e foi aqui no restaurante Lieben Haus que consegui um almoço super DEZ com os amigos da foto aí em baixo. Obrigado mesmo gente!

Delícia galera, é tudo de bommmm!!!

Depois do tanquinho cheio é hora de conhecer um pouco dessa festa tão tradicional e comentada. Afinal já é a 73º Edição. Agora com o olfato já menos ocupado pelo cheiro de comida, posso enfim sentir e perfume que exala de dentro do pavilhão.
E não era pra menos tamanho perfume, são mais de 12 mil metros quadrados onde 60 expositores apresentam e vendem as mais belas flores e as principais estrelas da festa, claro, são as orquídeas que deram vazão a paixão do cultivo de flores na cidade. E eu que sou um apaixonado pela natureza e também por essas preciosidades tão delicadas e perfumadas, me senti como uma criança num parque de diversão. Nunca tinha visto em minha vida tal quantidade ou variedade de flores em um só lugar. Queria muito que a Jailene estivesse comigo.
 Em meio a tanta exuberância fui buscar saber como e quando surgiu a primeira edição desse evento e descobri que no princípio ele teve outro nome e que também não haviam atrações agregadas como existem hoje “música, dança, concursos, folclore, arte e teatro”. Tudo começou assim: A cidade de Joinville sempre teve como costume de seus moradores desde os primeiros imigrantes em 1851 o cultivo de flores. No início do século passado, em 1906, o município chegou a receber por parte do governo Afonso Pena, o título de "Cidade Jardim".   A cidade fica muito próxima da Serra do Mar, de onde há muitos anos atrás os imigrantes começaram a recolher orquídeas em meio a Mata Atlântica. Como muitos compartilhavam da mesma paixão pelo cultivo desta maravilhosa planta, os orquidófilos decidiram expor suas flores para os amigos, fundando assim a Exposição de Flores & Artes (EFA). A primeira edição foi realizada de 28 de novembro a 02 de dezembro de 1936.

Aqui na Expoville também conheci várias pessoas e fiz muitas amizades. Além do pessoal do restaurante Lieben Hause de quem já falei, também conheci o pessoal da secretaria de turismo logo no pórtico de entrada. Que ajudaram dando algumas informações muito úteis e eu aproveitei para deixar a bike ali estacionada.. 

E ainda caminhando pelos corredores tive a felicidade de conhecer com a fotógrafa oficial da festa e também do Ballet Bolshoi: Vanderléia Macalossi, que além de excelente profissional é uma pessoa incrível cheia de energia e muito alto astral. Assim como toda sua equipe, Michelly Fernandes, Perpétua Da Silva e Cristiano Lesmann todos muito gente boa. Outras novas amizades que fiz aqui. E no final ainda ganhei um presente super legal! Uma foto minha com a logo dela junto com a da 73º Festa das Flores. Obrigado de coração gente!

Simplesmente Divino!!

Ah, e não poderia esquecer, o cara dos vídeos logo aí abaixo é o meu novo amigo Johny, também do turismo que me ajudou inclusive participando de uma pequena entrevista falando sobre a história da cidade. Eu quis fazer alguns vídeos com a participação de alguns novos amigos que conheci no caminho para que as postagens ficassem mais interessantes pra vocês que acompanham...

Nossa me empolguei e quando me dei conta já se passavam das 15:30 hrs. Precisava seguir viagem. Ainda tinha que pedalar cerca de 25 a 30 kilômetros se quisesse realmente chegar a Itapoá antes de anoitecer.
Como não sou atleta, nem nada do tipo, calculei com base nessa kilometragem que chegaria lá em torno das 19:30 hrs e liguei para minha amiga Ori para avisar que estava chegando dentro de algumas horas. Pois era na casa dela que eu passaria a noite. A Ori (Orestina) é uma amiga que conheço não faz muito tempo, mas a impressão que tenho é que ela é da família. Na verdade conheci ela e seu namorido como ela o chama, através de minha família mesmo. A Neide que é sua irmã é casada com um primo meu o Araí.
Bom, conversando por telefone, ela me disse que o caminho que havia mapeado para chegar até sua casa estava muito ruim. Eu tinha decidido passar pelo centro da cidade para mostrar e conhecer um pouco mais de Joinville e também porque esse caminho era bem mais curto. Eu pegaria uma balsa na Baía de Babitonga que me levaria até o lado de Itapoá. Do contrário meu percurso aumentaria de 30 para algo em torno de 50km. Mas ela disse que seria melhor, porque quando eu desembarcasse da balsa do lado de lá teria que pedalar cerca de uns 15 km por uma estrada de chão e como nos últimos dias havia chovido muito, essa estrada estava toda eslamaçada.
Fazer o que? O jeito era mesmo pegar a rodovia e fazer alguns kilometros a mais. O que me deixou meio frustrado, pois que além de querer mostrar mais de Joinville e não poder por causa da falta de tempo, eu não estava muito a fim de pegar a BR-101, mas era o que me restava. Então bóra pedalar...