quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O retorno inesperado - 22/12/2011

Depois de 42 dias longe de minha amada e da minha família, chegou o dia de voltar pra casa. Mas antes precisava desmontar a bike e colocá-la numa caixa para trazê-la comigo. Foi aí que começou a maratona do último dia de viagem desta “Loucura de Amor!”.
Passei por várias lojas e bicicletarias entre Curicica, Jacarepaguá e Cidade de Deus, mas em todas, me diziam a mesma coisa: Não podiam fazer o serviço por causa do movimento de vendas devido à proximidade do Natal. De fato todas estavam lotadas!
Eu estava pedalando rumo a Barra da Tijuca, quando Deus colocou um anjo no meu caminho. Esbarrei com o Marquinhos em frente a uma agência bancária. Como ele estava de bicicleta, expliquei toda a situação e disse que dependia disso para não perder o voo!
Ele me falou de uma bicicletaria no caminho de sua casa e me levou até lá.
Fomos conversando e contei a ele que vim pedalando de Santa Catarina pra pedir o meu casamento para o Luciano Huck.
Ele olhou pra mim e disse:
     Então era você que estava com uma barraca na frente do PROJAC?
Eu disse que sim e perguntei, como ele sabia? E pra minha surpresa ele me falou que trabalhava lá. Que era cenógrafo do “Zorra Total”.
Pensei comigo: Poxa vida, que mundo pequeno!
Chegamos ao lugar que ele tinha indicado e mais uma vez, a resposta foi “Não”.
De repente meu celular tocou. Era a Jailene toda preocupada, dizendo que tinha visto na TV que o check-in da TAM em Congonhas estava em greve. Meu voo tinha escala nesse lugar e isso fez com que ele fosse adiantado em meia hora para as 14:40.
Quer dizer, eu teria que chegar ao aeroporto as 13:40 e não tinha ideia de como fazer isso.
Foi ai que o Marquinhos me disse que tinha algumas ferramentas em casa e que me ajudaria a desmontar a bike.
Fiquei super feliz, mas ainda precisava arrumar uma caixa! Depois de conseguir uma, fui até a casa dele através do endereço que tinha me passado. Enquanto desmontávamos a bicicleta, o pai do Marquinhos ficou preocupado e perguntou como eu iria até o aeroporto!
Falei pra ele que pensei em ir de ônibus ou van. E ele me pediu como faria pra carregar a caixa com a bicicleta até a rua onde passavam as conduções!
Realmente eu não lembrei disso! A casa do Marquinhos ficava um pouco distante da avenida principal para ir a pé e já era quase meio dia. Pois além da bike empacotada ainda tinha o meu baú pra carregar, não daria conta.
O pai dele lembrou da vizinha que era taxista e foi ver se ela estava em casa. Por sorte pegou ela de saída! Me chamou até a rua, pra falar com ela!
Perguntei quanto ele me cobraria. Ela disse que em torno de R$ 100,00 por causa do peso da bagagem “Bicicleta”. Quase caí duro! Pedi se não tinha como fazer um desconto. Juntando tudo que eu tinha, inclusive as moedas, somava uns oitenta e poucos reais.
Mas ela disse que não ia poder me ajudar, porque estava levando a sua filha para a escola e o meu aeroporto ficava do outro lado da cidade.
Eu já desesperado perguntei se ela não tinha como me levar ao menos até a avenida principal para eu pegar uma condução ou então passar um rádio para um amigo seu taxista que pudesse me levar até o “Santos Dumont”.
Foi ai que ela perguntou:
     É o Santos Dumont ou o Galeão?
E eu respondi:
     É o Santos Dumont!
Graças a Deus que falei isso! Pois o pai do Marquinhos havia entendido errado e dito a ela que o eu precisava ir ao Galeão.
Então ela disse:
      A escola da minha filha fica no caminho do Santos Dumont. Então entra aí!
Falei pra ela que eu não tinha tanto dinheiro e ela disse que isso a gente dava um jeito.
O Marquinhos já tinha terminado de fechar a caixa, então coloquei a magrela e meu baú pra dentro do carro e agradeci muito! Esse cara caiu do céu, novamente num momento em que eu precisava muito!
No caminho até o aeroporto, conversando com Ione, a taxista, descobri que ela e sua filha são duas exímias cantoras. Tive direitos a um show particular.... Hehehe
Fiz até um vídeo, com o celular, mas desde que ele caiu no mar na ilha do Superagui não tem mais captado o áudio direito.
Porém aproveitei e fiz algumas imagens pelo caminho da cidade maravilhosa...







Chegamos ao aeroporto e a Ione me cobrou apenas o trajeto da escola de sua filha até ali. Que deu R$ 35,00. Outro super presentão... Muito obrigado Ione!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Agradecimento - 21/12/2011

Lá vai um "SUPER AGRADECIMENTO" meu e da minha noiva Jailene ao Luciano A. Mondini, a Alessandra e ao Vinícius, uma família abençoada que não conheço ainda, mais vou fazer questão de agradecer pessoalmente assim que puder pelo presente: Minha passagem aérea de retorno à minha cidade.

Por enquanto aguardando retorno da produção do programa Que deve voltar de férias entre fevereiro e março.
Estou ansioso e esperançoso por uma resposta positiva. Espero do fundo do coração que eu consiga sim poder realizar este nosso grande sonho de casar numa linda festa, poder vibrar e curtir muito este momento único e mais do que especial pra mim e minha noiva!

OBRIGADO A TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO FAZENDO PARTE DA NOSSA HISTÓRIA, QUE AJUDARAM E CONTINUAM AJUDANDO PRA QUE ELA AINDA TENHA UM FINAL FELIZ!


OBS.: Ainda falta colocar muita coisa no blog... aos poucos vou atualizando e posto o que falta!

Duas ótimas notícias - 21/12/2011

Ainda no dia 20/12, após ter conseguido falar com Luciano Huck, acabei encontrando o Alan. Um dos novos amigos que havia feito na Primeira Igreja Batista no Camorim. Ele me pediu se havia conseguido falar com o Luciano, eu, todo eufórico, disse que sim e contei como tudo aconteceu.
Então, ele me pediu o que faria agora; se voltaria pra minha cidade ou esperaria por uma resposta lá no Rio. Eu disse que ainda não sabia.
Ele quis saber onde eu passaria a noite... Respondi que estava pensando em dormir na barraca. Então ele me ofereceu abrigo em sua casa.
Eu quis dar a notícia para minha noiva, mas não tinha mais créditos no celular. Aí o Alan disse que eu poderia ligar da casa de sua mãe e me levou até lá!
Eu estava explodindo de felicidade e precisava dividir isso com a pessoa mais importante da minha vida e por quem havia feito tudo isso!
Quando dei a notícia a Jailene, ela começou a chorar dizendo que me amava e perguntou quando eu voltaria!
Realmente eu não sabia, porque as coisas não aconteceram exatamente como tinha imaginado. Queria muito passar as festas de fim de ano ao lado dela e de minha família, mas antes queria ter uma resposta da produção. Uma confirmação de que eles ao menos leriam o e-mail que eu havia enviado contando toda a história.
No dia seguinte, tomei café da manhã com Alan e sua família. Agradeci a mais esse novo amigo, que me recebeu em sua casa e depois de me despedir de todos fui novamente até a Lan house para ver se havia alguma resposta ao meu e-mail. Mas infelizmente nada!
Porém ainda naquele dia, logo depois do almoço eu tive duas ótimas notícias.
Recebi uma ligação da produção do Caldeirão. Dizendo que tinham lido o meu e-mail e também visto o blog. Falaram ter gostado muito da história, mas não iriam prometer nada, apenas que avaliariam melhor quando voltassem das férias.
Fiquei mega feliz! Liguei pra Jailene pra dizer que agora sim eu voltaria pra casa!
Só não sabia ainda como faria isto. Pensei em voltar de ônibus, mas não tinha nem ideia de quanto custaria uma passagem de volta e muito menos se conseguiria uma agora já tão perto do Natal!
Já à tarde, depois de almoçar um lanche, tentando ligar de um telefone público para as empresas de ônibus, tocou meu celular. Era meu amor com outra notícia ótima! Toda feliz ela disse:
___ Amor, você ganhou uma passagem de avião do Luciano!
Eu perguntei:
___ Como assim, do Luciano Huck?
Ela retrucou:
___ Não. Do Luciano Mondini!
Não conhecia ninguém com esse nome e por um instante cheguei a pensar que fosse realmente o Luciano Huck! Ela me explicou que era um rapaz que trabalha na Haco, uma empresa de etiquetas em Blumenau que fica ao lado da Happs (loja de chocolates onde ela trabalhava). Ele tinha acompanhado toda a minha viagem e quis ajudar. Com milhas, que tinha acumulado, ele pagou apenas R$ 20,66 na passagem.

Nossa! Mal pude acreditar. Além de poder voltar pra casa, ainda voltaria voando! Nunca tinha viajado de avião antes.
A Jailene me disse que meu voo sairia do Aeroporto Santos Dumont no próximo dia as 15h10min e que precisava chegar ao menos uma hora antes para fazer o check-in! Então comecei a arrumar tudo para voltar no dia seguinte.

Consegui falar com o Luciano Huck - 20/12/2011

Depois de 7 kilos mais magro... muito sol, chuva, fome e apertos pelo caminho, pedalando 1507 km por 37 dias (errei a conta... rs, foram 39 dias "de 10/11 até 18/12") eis que chego ao meu destino. 
Central Globo de Produções: Projac...




Chegou o dia da gravação do Caldeirão. Fiz de tudo para tentar estar no programa, mas infelizmente não foi possível. Mesmo assim no final do dia fiquei MEGA FELIZ! 
Quando soube do término da gravação corri até a saída de uma das quatro portarias do PROJAC, na esperança de ver e falar com Luciano Huck.
Me disseram que seria quase impossível de conseguir isso, pois como falei são quatro portarias além do que, muitas vezes ele o “Luciano” vem de helicóptero. Então eu tinha que torcer para que naquele dia ele tivesse vindo de carro, além de precisar acertar por qual das portarias ele iria sair e ainda que parasse para falar comigo.
Acredito muito em Deus, no poder da atração e sabia desde o começo que havia muitas pessoas torcendo para que eu conseguisse esse contato. Como no universo tudo se transforma... em certo momento a minha fé aliada com a oração, a torcida, e a intercessão de todos que me acompanham se transformou em um sinal. Vi próximo a portaria uma galerinha em frente a um ponto de ônibus e resolvi conversar com eles. Descobri que eram fãs de várias celebridades e estavam esperando a oportunidade para fotografar e conseguir autógrafo de alguma delas. Contei a eles a minha história e ficamos ali juntos por algum tempo, no decorrer muitos famosos passaram, alguns pararam como Giovanna Antonellie, Caio Castro e Thiago Lacerda, mas eu não podia perder o meu foco. Outros, nem mesmo se podia desconfiar de quem se tratava, pelo fato dos vidros de alguns carros serem totalmente escuros.  De repente, dentre tantos carros de artistas que saiam por aquele portão, um, sem motivo especial me chamou a atenção. Abri o cartaz que tinha confeccionado algumas horas antes onde fazia o “Apelo” e... BINGO...
__ É O LUCIANO!!! Grita uma das meninas.
O carro passa devagar e baixa o vidro do motorista... eis que o milagre da fé e o poder da atração acontece. Era realmente ele em pessoa: LUCIANO HUCK! Eu sem pensar duas vezes vou até ele e entrego-lhe em mãos o adesivo, que durante mais de um mês, foi a forma pela qual consegui comida e até por vezes abrigo. Falei para ele o quanto amo a minha noiva e tudo o que fiz pra chegar até ali tentando realizar nosso sonho. Falei do blog e também da música que fiz para o Caldeirão pedindo o casamento. E ele, depois daquele sorriso inconfundível disse:
__ Pode deixar que eu vou dar uma olhadinha! Complementou dizendo que não podia prometer nada, pois não dependia somente dele.
Minha felicidade foi tamanha que até acabei esquecendo de pedir pra tirar uma foto. Mesmo que por um breve momento, ter conseguido trocar aquelas poucas palavras com o apresentador Luciano Huck, expondo minha história e entregando em mãos o adesivo com o endereço do blog, para mim foi mais uma confirmação de que não estava sozinho. Além de todos que me acompanham por aqui, sei que Deus sempre esteve e está comigo.

Minha intenção desde o princípio, era de ter chegado ao Rio de Janeiro bem mais cedo e não nessa época de fim de ano, mas como sabem, fiquei vendendo os docinhos que fazíamos com o chocolate que restou depois de fecharmos a loja, o “Amor Trufado”, para conseguir o dinheiro suficiente para comprar a bike. Ainda assim só consegui uma bike melhor porque ganhei um desconto de mais de 50%. Então acabei saindo de Pomerode somente no dia 10/11/2011. Como contei, fiz vários contatos com o programa e mesmo já tendo falado pessoalmente com o “Luciano”, esperava ter alguma resposta por parte da produção. O que me preocupava, era saber que nessa época todos saem de férias e segundo informações só retornariam em torno do mês de fevereiro ou março/2012.  Então nesse dia, enviei um e-mail para um novo contato da produção que obtive. E nele, novamente contei toda a nossa história e por fim disse que gostaria de passar o fim de ano ao lado de minha noiva e da minha família. Queria ao menos ter um respaldo. Caso contrário, estava disposto a ficar ali acampado até conseguir uma resposta, nem que para isso fosse necessário permanecer no Rio de Janeiro até a produção do Caldeirão retornar das férias. Não sei como faria para me virar lá todo esse tempo, mas daria um jeito, fazendo bicos e procurando trabalho.

Central Globo de Produções - 19/11/2011

Depois de uma ótima noite de sono desci para tomar café. Neste dia, os gêmeos Igor e Iuri fizeram aniversário. Dei os parabéns a eles, mas quem acabou ganhando um presente fui eu. O Igor quis comprar um adesivo meu. Aquele que eu vendia pelo caminho pra conseguir dinheiro pra me manter na viagem.
Eu quis dar um a ele, mas ele insistiu em comprar. Pediu quanto eu cobrava! E eu disse que cada um dava quanto queria, alguns me ajudavam com dois reais, outros chegavam a dar cinco ou mesmo alguns centavos. Era espontâneo. Pra mim qualquer quantia era motivo pra comemorar, quando conseguia vender.
Ele me deu sua contribuição e confesso que fiquei constrangido, pois era eu quem devia dar um presente a ele. Eu não tinha nada para deixar de lembrança e falei que queria dar o adesivo pra ele. Mais uma vez ele insistiu em pagar dizendo que queria me ajudar.
Foi uma contribuição generosa que me ajudaria muito, mais tarde! Quero deixar aqui registrado meu sincero agradecimento ao José Peregrino, Igor e Iuri, Müller e todos do albergue "Muito obrigado". Foi ironia do destino o último lugar que fiquei, antes de chegar ao PROJAC, ter sido a casa do Peregrino... hehehehe

Naquele dia, consegui vários contatos, inclusive alguns nomes de pessoas que poderiam me ajudar no PROJAC. 
No PROJAC, também, descobri que o Luciano estava voltando de Fortaleza, onde já havia gravado todos os programas do “Caldeirão de Verão” que seriam apresentados no início do próximo ano. Quer dizer, ou falava com ele no dia seguinte, ou então só quando ele voltasse das férias. E isso podia demorar meses! 

Fui até uma Lan house, junto de um posto de combustível próximo dali e fiquei por lá praticamente o resto do dia. Fiz amizade com o casal donos do local, que felizmente, me deram algumas horas de graça para acessar a net. Aproveitei para tentar conseguir mais contatos, atualizar o blog com as últimas fotos e também conversar com minha noiva. Ali também fiz um lanche, que foi o meu almoço naquele dia.
Eu estava pensando em como abordaria o Luciano no dia seguinte. Teria que estar lá logo cedo, pois não sabia a que horas ele chegaria. Então pensei em acampar em frente ao PROJAC. Mas havia um problema! Eu não tinha um colchão e a barraca, que ganhei em Jaraguá do Sul, era uma barraca de emergência. Daquelas que precisa de dois pontos fixos próximos um do outro para amarrar as duas extremidades da corda, como duas árvores, ou algo assim. 
Foi novamente Deus que fez a Sandy aparecer na Lan house. Ela chegou na hora em que eu mostrava o blog pra dona da Lan house, mais precisamente, a música que fiz para o Caldeirão do Huck pedindo o casamento. Começamos a conversar e ela adorou a história e a prova de amor que eu estava fazendo para minha noiva. De repente, chega o Wellington, o namorado de Sandy. Conversando com os dois, toquei no assunto da barraca que estava me preocupando. Então eles disseram que poderiam me ajudar, me emprestando uma barraca com armação e um colchonete. Me convidaram para ir até a casa da Sandy que ficava perto dali. E lógico que eu aceitei! 
Na casa da Sandy, que na verdade era um apartamento, conheci a sua mãe que faz o melhor empadão que eu já comi na vida.
Peguei o colchonete e a barraca e agradeci muito aos meus novos amigos. O próximo dia seria o dia “D”!

Finalmente o PROJAC - 18/11/2011

Logo cedo registrei o lugar onde passei a noite em Vargem Grande. Valeu pessoal, muito obrigado!

Literalmente fui dormir com as galinhas. Aqui ,minhas mais novas amiguinhas, se despedindo de mim em frente a porta do quarto onde dormi... hehehe

Cheguei em Curicica no bairro de Jacarepaguá, onde fica o PROJAC numa manhã nublada de domingo. 

Nesse dia o máximo que consegui fazer foi colher algumas poucas informações com o pessoal que estava trabalhando lá. Todos foram imparciais e super profissionais.
Mas, consegui confirmar que as gravações do Caldeirão aconteciam no estúdio “E” e que o dia em que seria gravado o último programa do ano seria mesmo no dia 20. O Caldeirão de Natal seria minha única chance de falar com o apresentador Luciano Huck!
À tarde saí pelo bairro procurando algum lugar que fizesse faixas, pois não sabia como conseguiria falar com o Luciano e pensei que esta seria uma boa ideia de chamar a atenção dele. Mas o bairro era bem retirado do centro da cidade e por lá não havia muito comércio. Me indicaram a casa de um rapaz que talvez pudesse me ajudar na confecção da faixa. Mas ele não estava em casa e um vizinho me disse que ele não trabalhava mais com isso. Já estava entardecendo e eu precisava achar um lugar para passar a noite. Perto dali, encontrei a Primeira Igreja Batista no Camorim. Uma pessoa me disse que o culto começava as 19h30min mas o  pastor ainda não estava lá. Resolvi esperar!
Quando ele chegou, contei a ele a história e pedi se havia a possibilidade de dormir por ali aquela noite. Ele me convidou para assistir o culto e disse que depois conversaria com o pessoal da diretoria a respeito. Me mostrou o banheiro onde eu pude tomar um banho. E depois disso, eu participei da celebração, muito linda por sinal!
Conheci a Márcia a esposa do pastor e também seus dois filhos Rafael e Débora. Todos muito legais. O pastor Daniel é super gente boa, um cara muito divertido e um homem de muita fé! Nossa, conheci muita gente legal, o Alan, o Müller e muitos outros, mas infelizmente não lembro do nome de todos.
Enfim, conheci muita gente e fiz novas amizades. E depois de tomar banho, assistir ao culto e até comer lá com o pessoal, o pastor Daniel me disse que não poderia me deixar dormir na igreja. Porém ele e alguns fiéis juntaram dinheiro e me pagaram uma diária no albergue que havia em frente à igreja, do outro lado da rua. Fiquei muito feliz e agradeci muito a todos! O Müller, um dos amigos que fiz, foi comigo até lá e me apresentou ao dono do estabelecimento. O José Peregrino, “Peregrino” como todos o chamam!
Arrumei minhas coisas e a bike e fui até o quarto que dividi com dois atores naquela noite.
O Albergue Cultural Casa do Peregrino “A casa dos atores no Rio” é um lugar que dá estadia a atores de outras cidades ou estados que vêm à cidade para tentar a carreira ou fazer testes, cursos, figurações, enfim, qualquer atividade ligada à carreira artística. Ali também conheci e fiz outros novos amigos como o Igor e o Iuri, os gêmeos e também atores, de quem o Peregrino é “tio-pai”.
Depois de conhecer todos, ficamos conversando por um bom tempo até ir dormir.
Aquela noite custei a adormecer. A ansiedade tomava conta de mim!
Eu conseguiria falar com o Luciano? Será que ele iria me dar atenção? A minha mente fervilhava com estas e outras perguntas!
Chega! Falei pra mim mesmo em pensamento. Não era hora de plantar a dúvida em meu coração. Estava no Rio de Janeiro, isto era fato! Mesmo sem nenhum preparo físico, mesmo sem nunca ter feito nada nem de longe parecido, eu tinha conseguido!
 Pedalei por quatro estados brasileiros até chegar a “Cidade Maravilhosa”. Deus havia sido “Maravilhoso” comigo, me dando forças para seguir em frente mesmo em situações de medo, cansaço, saudades, fome e tudo mais. Agora dúvida, foi algo que nunca tive durante estes 39 dias de viagem. Eu não podia baixar a guarda para ela, logo agora que estava tão perto de conseguir o meu objetivo. Então fiz a melhor oração de agradecimento de todos estes dias, entreguei tudo nas mãos de Deus e consegui relaxar e adormecer tranqüilo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dormindo com as galinhas em Vargem Grande - 17/12/2011

Acordei ainda em Santa Cruz e, depois de tomar café na mesma padaria, fui a uma Lan house, onde fiquei ainda por um bom tempo até porque precisava tentar conseguir alguns contatos no PROJAC e fiquei pesquisando na net. Almocei ainda no bairro e a tarde segui em frente rumo a Jacarepaguá.

Rio 2014. Muitas obras...

No caminho, quando descia o morro da ilha, a poucos kilômetros do PROJAC, mais um pneu furado. O nono do caminho!

Parei pra fazer o remendo num posto de gasolina perto dali, o posto Forza que fica na descida da serra de Santa Cruz. Mais uma vez, foi por causa de arame de pneu de caminhão. Tinha muito pelos acostamentos!
Ali mesmo em frente ao posto, abordei algumas pessoas, para saber se havia alguma igreja nas proximidades. Já que estava escurecendo e eu precisava achar um lugar para dormir.
Um casal me indicou uma igreja evangélica, não muito longe dali.
Pedalei pela Estrada dos Bandeirantes e cheguei já à noite numa Igreja da Assembléia de Deus, que ficava em uma das comunidades de Vargem Grande.
Entrei no pátio para esperar o culto acabar e falar com o pastor. Nisto, um fiel, me convidou para entrar e assistir o culto com eles, mas eu estava todo suado e preferi esperar do lado de fora. Ele insistiu e eu acabei entrando, depois de tirar o capacete e me lavar no banheiro.
Terminado o culto, procurei o pastor. Contei toda a história e pedi abrigo. Mas ele disse que não poderia me deixar dormir ali, pois se algo acontecesse comigo ou com as dependências da igreja, ele teria que se responsabilizar e esta era uma decisão que não dependia somente dele, mas também da direção da igreja e no dia, alguns membros não estavam lá. Mesmo assim me ofereceram comida, havia um encontro de casais. Já era tarde e eu não tinha nem noção de onde iria dormir. Eu estava na rua em frente à igreja junto com alguns fiéis que tentavam me ajudar, pensando em algum lugar onde eu pudesse pedir abrigo.
De repente enquanto conversávamos, vi um homem chegar caminhando e um dos fiéis falou: 
     Você pode dormir na casa dele!
Apontando para o homem que tinha acabado de chegar. Olhei para o lado e vi que o cidadão estava mais pra lá do que pra cá. Mal se segurava em pé!
     Você tem certeza? Respondi para o fiel, sem que o homem me ouvisse!
E ele disse: 
    Sim! Ele toma as cachaças dele, mas é gente boa. Pode confiar, todo mundo conhece ele aqui na comunidade!
O rapaz falou com o cidadão, que disse que não tinha problema. Que eu poderia dormir aquela noite em sua casa!
Pensei comigo... Então tá! Eu estava no meio do caminho para o PROJAC e também não queria pedalar a noite pelas ruas desconhecidas.
Aceitei e fui empurrando a bicicleta ao lado do homem que cambaleava. Perguntei o seu nome... Uma, duas vezes, mas não consegui entender. Não quis perguntar uma terceira vez.
À medida que íamos comunidade adentro, todos me olhavam curiosos. As crianças brincando nas ruas durante a noite diziam: 
     Olha só que maneira a bike do tio aí!
Confesso que fiquei meio assustado, porque não conhecia a comunidade nem sabia quanto iríamos andar até chegar a casa dele. Enquanto caminhávamos, ouvi algumas pessoas me chamando de gringo!
Gringo eu? Ah fala sério!
Chegamos a casa dele! Era um sobradinho onde viviam várias famílias. Cada família ou morador ocupava um ambiente de apenas dois cômodos, pelo que pude ver.  Era apenas um banheiro e o cômodo principal, que cada um dividia como queria!
A porta, da casa do meu amigo alegre, era uma chapa de madeirite, que ficava apenas escorada na entrada. Ele me convidou para entrar, tudo estava escuro. Procurei o interruptor de luz e meu novo amigo disse: 
    Não tem luz não. Tá queimada!
Ele colocou um colchonete do lado de outro colchão que já estava no chão. Deitou-se e disse: 
     Pode deitar aí!
Eu tinha que agradecer por ter encontrado uma pessoa boa que me ofereceu abrigo. Mas sinceramente fiquei pensando: E se esse cara passar mal durante a noite?
Era um risco que eu teria que correr. Só pra garantir pensei em afastar um pouco mais o colchonete.
Pedi a ele se podia colocar a bicicleta para dentro. Ele disse que sim! Enquanto eu arrumava a bike dentro da casa, uma mulher que passava no corredor me perguntou um tanto alterada: 
     O que você tá fazendo aí?
Logo imaginei que ela não tinha visto seu vizinho ali deitado e pensou que eu estivesse mexendo nas coisas dele! Expliquei a ela que eu estava vindo de Santa Catarina de bicicleta e que seu vizinho me ofereceu a casa dele para passar a noite!
Para minha surpresa ela respondeu: 
     Você vai dormir aí com o bêbado?
Tomei um choque com a reação dela! E respondi novamente: 
     Olha, eu estava sem ter onde dormir e ele me ofereceu a sua casa!
E ela voltou a indagar: 
     Mas você vai dormir aí com o bêbado?
Eu fiz sinal com as mãos, dizendo "Qual é o problema?"
E ela respondeu: 
     Faz isso não. Pegue esse colchonete aí que é de minha filha, fui eu que dei pra ele, e vá dormir lá em cima que tem um quarto vago!
Fiquei constrangido com a situação. Pois mesmo sabendo do estado do cara, o fato é que ele tinha um bom coração e se propôs a me ajudar!
De repente, meu amigo, sem se levantar de sua cama diz: 
     Se quiser dormir lá em cima, tudo bem!
Agora sim, foi ele quem me deu a opção da escolha!
Peguei o colchonete e a bicicleta e subi pela escadinha super estreita. Logo vi o quarto vago, com a luz acesa e a porta aberta. Bom, ao menos esse tinha porta. Tudo bem, depois fui descobrir que ela não tinha tranca e que tive que escorá-la com uma lata de entulho pra não deixar as outras inquilinas voltarem. Que inquilinas? Esqueci de dizer... havia galinhas dentro do quarto!
Mas na boa, depois de um papo reto com elas, me deixaram ficar com o quarto. PS.: Naquela noite!
Ainda bem que eu ainda tinha aquela capa de lençol que comprei na Casa China em Vicente de Carvalho há alguns dias atrás. Não tinha interruptor no lugar e a luz ficava acesa direto. O que fazia ter muitos mosquitos. Então usei a capa de colchão como saco de dormir pra me proteger dos bichinhos e tentar descansar! 

Enfim "Rio de Janeiro" - 15/12/2011 e 16/12/2011

Acordei já eram quase dez da manhã. Não consegui dormir bem à noite porque a porta do porão não tinha tranca. Durante a madrugada muitas pessoas passaram na calçada conversando, namorando e até brigando. E eu lá acordado com medo de que alguém pudesse entrar e pegar minhas coisas.
Arrumei tudo e passei o cadeado por fora da porta como tinha combinado com o pastor. Parei ainda em uma padaria pra tomar um café e voltei a pedalar.
Rumo ao Rio de Janeiro começou novamente a chover. Mesmo assim fiz mais algumas fotos!

Passei por alguns túneis, um deles inclusive na descida de um morro... O difícil era pedalar dentro deles, pois não tinham acostamento e o último deles nem iluminação.

No caminho para Mangaratiba, percebi que a bicicleta estava puxando para os lados. Parei pra ver qual era o problema e vi alguns raios quebrados e, além disso, o pneu dianteiro já bem desgastado estava com um sobressalto e começando a rasgar. Não tinha como trocar os raios nem o pneu ali. O jeito era contar com a sorte e torcer pra achar logo uma oficina.
Mas antes disso acontecer, o pneu acabou furando. Parei e fiz o remendo, mas não adiantou, tive que trocar a câmara. Mesmo assim depois da troca, como o pneu ainda estava rasgado, à saliência aumentou e virou uma bolha na câmara. Alguns kilômetros pra frente o pneu furou de novo.
Parei pra consertar. Desta vez consegui resolver com um remendo e depois improvisei, amarrando uma tira de câmara usada por cima da bolha pra dar mais segurança e segui em frente.

Passei por Mangaratiba, mas somente em Itaguaí é que encontrei uma oficina para fazer o reparo.
Mal pude acreditar quando vi esta placa e logo depois entrei na cidade do Rio de Janeiro!
Comecei a gritar de felicidade... Huhuuuuuuu!

Parei em um posto de gasolina para pedir informações pro pessoal que trabalhava ali. Teve o Fábio que até tirou uma foto comigo com o seu celular. Pedalei mais uns kilômetros e logo no início da Avenida Brasil entrei no bairro de Santa Cruz. Lá encontrei a igreja de Nossa Senhora da Conceição e fui tentar falar com o padre. Mas como era dia de confissão, fiquei quase a noite toda para conseguir vê-lo.
Somente por volta das 23h00min é que consegui falar com ele. Foi o seminarista Celso Lima que convenceu o padre a me dar abrigo. Afinal, acho que não é todo dia que aparece um maluco dizendo que está pedalando por amor! Fiquei em um quarto da casa paroquial.

16/12/2011
No dia seguinte fui conseguir dinheiro pra comer e também precisava colocar créditos no celular pra ligar pra Jailene e a minha família.
Perto da igreja, encontrei o Shopping de Santa Cruz que ainda estava fechado.
Deixei a bicicleta trancada no estacionamento e pedi pro pessoal que trabalhava lá cuidar pra mim! Fiz amizade com eles. Infelizmente não recordo do nome de todos, mas lembro do Maurício que também me ajudou comprando um adesivo.
Depois de tomar meu café da manhã numa padaria perto dali, fui até o shopping novamente, que agora já estava aberto.


Lá conheci muitas pessoas que me ajudaram, uma delas foi a Patrícia Lamark a quem agradeço muito. Ela trabalhava em uma das lojas e me cedeu sua senha da Lan house para que eu pudesse acessar a Internet pra atualizar o blog e falar com minha noiva. Fica aqui meu muito obrigado a todos do shopping e do bairro de Santa Cruz!
Fiquei até o final da tarde no shopping e depois voltei para a igreja e dormi lá mais aquela noite.

Passagem por Angra dos Reis! 14/12/2011

Não teve outro jeito! Depois de passar quase a noite todo em claro, assim que amanheceu voltei a Paraty.
No caminho parei pra repor as energias. Encontrei um café que não havia visto da primeira vez que passei por ali.
Durante toda a viagem, sempre procurei comer barras de cereais, chocolate ou banana e beber isotônicos ou água de coco para repor as calorias, potássio e sais mineiras. Ao menos foi isso que alguns ciclistas me recomendaram fazer!
Mas aqui desta vez acabei optando por uma sobremesa feita com banana da terra. Uma delícia! Recomendo o Café da Barra, da Heloiza, na Rio-Santos, entre  Angra e Paraty.

Por muita sorte encontrei o Marcos em casa. E não é que eu realmente tinha esquecido a câmera lá? Nossa. Tive mais sorte do que juízo!
Depois de agradecer, peguei o caminho de volta.

Pedalando pela Rio-Santos, mais um acidente...


Alguns kilômetros à frente e mais um pneu furou. Acho que foi algum caco de vidro do carro acidentado! Remendei e segui adiante.
Exausto e com muitas dores, consegui chegar de volta a Angra dos Reis.
Aproveitei para registrar algumas imagens no caminho de volta a Angra, depois do bairro do Frade...

Angra dos Reis...


Um pouco mais pra frente, aconteceu algo nada legal! Na subida de um morro, o pedal simplesmente começou a espanar e a bicicleta não andou mais!
Tive que empurrar a bike por alguns kilômetros até achar uma bicicletaria e trocar o “Pé de Vela e a Coroa”.


O conserto saiu por R$45,00. Como eu não tinha todo esse dinheiro, tive que pedir ajuda e saí vendendo adesivos pelo lugar. Mas isso nem sempre era tarefa fácil. Cada um sempre ajudava com o que podia e claro se quisesse ajudar. Mas naquele dia estava difícil levantar os R$ 20,00 que me faltavam! Havia conseguido apenas R$5,00 quando encontrei um cara super gente boa que me salvou o dia e pagou os R$15,00 reais faltantes.
Infelizmente não lembro seu nome, mas tirei essa foto com ele.
Muito obrigado mesmo de coração!

Já era noite quando cheguei à vila do Camorim. Me indicaram a casa de um pastor. Encontrei a casa, mas ele não estava. Conversei então com seu filho que me explicou onde ficava a igreja. Fui até lá e conversei com o pastor, contei a ele toda a história e pedi se ele poderia me dar abrigo. Ele me ofereceu o porão da igreja e eu aceitei. Arrumou um colchão e um cobertor e me deu o que comer. Depois me mostrou onde eu dormiria aquela noite. O pastor me pediu para passar o cadeado na porta quando saísse. Agradeci, nos despedimos e fui descansar para o próximo dia.
Infelizmente não lembro o nome dele. Mesmo assim quero agradecer muito por toda a ajuda!

Bairro do Frade em Angra dos Reis - 13/12/2011

Dia de seguir viagem, mas antes tive que passar na assistência para pegar meu celular. 
Ai é que veio mais um problemão... O aparelho não estava pronto e o pior, estava todo desmontado. Eu não podia ir embora sem ele, mas também não podia perder a entrevista em Angra. 
Felizmente, conversando com os proprietários da loja, eles me disseram que iriam para Petrópolis no final do dia e como Angra ficava no caminho prometeram parar lá para me entregar o celular. Deixei o número do “tijorola” com eles, para me ligarem quando chegassem e combinarmos um ponto de encontro.

Passando enfrente a famosa Usina Nuclear de Angra dos Reis...

Pertinho da Usina, passando pela BR 101, a Vila Histórica de Mambucana...

Decidi então seguir em frente. Sai pedalando pela BR-101. O sol que na semana anterior quase não tinha aparecido, havia voltado e estava me castigando. Fazia muito calor!

De repente, na descida de um moro, um dos carros que passava deu sinal de luz. Pensei que fosse um acidente, ou algo assim. Quando estava descendo o morro, vejo de longe um caminhão parado no acostamento e o motorista dando a volta nele com as mãos na cabeça. Logo aparece de trás do caminhão um homem, com o que parecia ser uma arma na mão. Parei na hora! Coloquei na marcha mais leve e comecei a subir o moro de volta.
Acho que não fui visto! Pedalei o mais depressa que pude e entrei em uma estradinha de chão que parecia ser de uma chácara ou coisa assim. Pensei em ligar pra polícia, mas o celular que trazia comigo estava fora de área. E o pior é que era um trecho deserto, sem nenhuma casa por perto. Fiquei ali por quase uma hora rezando muito e depois tomei coragem para seguir em frente. Não tinha outra opção!
Cheguei novamente na descida daquele moro e nem sinal do caminhão. Mesmo assim, meu medo era que tivesse alguém escondido no meio do mato e me surpreendesse quando eu passasse por ali.
Aproveitei o embalo do moro e passei correndo. Graças a Deus não vi mais nada!
Um pouco mais pra frente presenciei um acidente...


Quando já estava chegando a um bairro, a equipe da TV Rio Sul me encontrou na rodovia. Fizeram a entrevista comigo ali mesmo e depois me acompanharam até o Bairro do Frade, perto dali, onde entrevistaram também algumas pessoas na rua, pedindo a elas o que achavam do que eu estava fazendo.
Matéria gravada na TV Rio Sul de Angra dos Reis na terça-feira (13/12/2011) e foi ao ar no Sábado (17/12/2011). Quero agradecer imensamente o espaço cedido, muito obrigado mesmo, sou eternamente grato ao pessoal da TV Rio Sul de Angra dos Reis! Ficou muito DEZ a reportagem, obrigado mais uma vez!


Depois de fazer a entrevista parei em um posto da PM para pedir algumas informações. Lá conheci o Sargento Silva que me ajudou muito mesmo. Comi um lanche junto com ele e os demais policiais e depois ele ligou para um amigo seu que tinha uma pousada no bairro e conseguiu uma diária pra mim lá. Mas antes, liguei para a assistência técnica em Paraty para saber do meu celular. Me disseram que ele já estava pronto, mas que não iriam mais para Petrópolis. Então, mandariam o aparelho com uma funcionária que morava na divisa entre as duas cidades e eu teria que ir até lá buscá-lo. Mas por fim nem foi preciso, o Sargento me disse que tinha uma viatura próxima ao endereço dela e pegaram o celular pra mim. Fiquei feliz pra caramba... Agradeci muito mesmo!


Depois fui até a pousada onde tinha conseguido abrigo. O Veríssimo era taxista aposentado. Ele e Ana que cuidam da pousada são muito legais.
Antes de ir para o meu quarto, conversamos bastante. Eu estava eufórico, pois estava cada dia mais próximo do meu destino.
Muito obrigado Veríssimo, Ana e Sargento Silva!

 À noite, como de costume, fui colocar os aparelhos para carregar, quando tomei um susto enorme!
Não encontrei a câmera que eu havia pego emprestada!!! Aquela que tinha como adaptar no capacete. Era uma câmara muito boa e nada barata. E eu nem tinha usado muito ela, para não chamar atenção com medo que me roubassem. E agora isso me acontece!
Liguei para os hosteis onde fiquei em Paraty, mas nada! Tentei ligar novamente para a assistência técnica onde tinha deixado o celular para consertar. Mas já era noite e ninguém atendia.
Fiquei a noite toda tentando lembrar aonde eu poderia ter deixado a câmera. Tinha certeza que ainda tinha ela em Paraty. Depois de queimar alguns neurônios e roer todas as unhas, lembrei do Marcos onde almocei no domingo e tinha quase certeza de que naquele dia eu estava com a câmera junto. O problema é que eu não tinha nenhum contato dele e nem sabia o seu sobrenome pra tentar achar na lista. Quase não dormi a noite toda de preocupação.

Paraty, uma cidade encantadora - 09/12/2011 à 12/12/2011

A pedalada até meu próximo destino não foi fácil, por causa da distensão que tive na coxa e também porque já estava quase virando garoto propaganda da Hipoglós de tantas assaduras! 
Ainda tinha a serra do mar pela frente e enfrentei muita neblina.

Olha minha cara de felicidade!!! Primeira placa que vejo com o nome da "Cidade Maravilhosa"


Isso porque disseram que era só uma subidinha...

Bastante neblina né?! Dá pra se ter uma noção da subidinha!

Uhuhhhhhhhhhhh... Divisa entre os estados! 


Cheguei a Paraty e fui mais uma vez recepcionado por São Pedro... Muita chuva mesmo!
Foi numa descida e não deu nem tempo para colocar a capa de chuva. Tomei aquele banho!  
Na entrada da cidade o pneu dianteiro acabou furando e tive que parar em um ponto de ônibus abaixo de chuva para fazer o remendo. Não encontrei ninguém nas igrejas em que passei buscando abrigo, pois cheguei à cidade muito tarde. Me falaram então de um Hostel mais em conta, que é uma espécie de hotel com quartos compartilhados com várias beliches. Fiquei no Geko Hostel e dividi o quarto com um argentino e dois ingleses.
O sábado amanheceu ainda chuvoso e eu resolvi ligar para o escritório da TV Rio Sul “Afiliada da Rede Globo” em Angra dos Reis. Eu tinha conseguido o contato deles através da Luciana P. Romoaldo, que havia me dado abrigo na casa da sua família quando passei por Praia Grande.
O pessoal da TV se interessou muito por nossa história e quis fazer uma reportagem, mas eles só conseguiriam encaixar na pauta para a próxima terça-feira dia 13.
Como minha intenção com esta viagem era a de chamar a atenção da equipe do “Caldeirão”, toda ajuda era bem vinda ainda mais a de uma TV afiliada da Rede Globo!
Então decidi esperar em Paraty, até porque consegui me hospedar em um lugar muito legal e bem em conta. Com a diária de R$25,00 e como café da manhã.
Como estava chovendo, decidi ficar no Hostel e aproveitar para atualizar o blog com as últimas fotos. No final da tarde a chuva deu uma trégua e eu saí para comer algo!
Obrigado Joab, Joel e D. Maria do Restaurante da Baiana pela janta. Estava uma delícia!

Ainda no mesmo dia, conheci o Felipe e a sua cunhada Shara que também me deram grande ajuda. Obrigado aos meus novos amigos!

Obrigado também as meninas do Studio Art's Hair Marinelli: Thalita, Cris, Érica e Flávia! 

O pessoal do Geko é super gente boa e ter ficado ali foi mais uma experiência incrível nesta minha viagem de “Loucura de Amor”. Naquele dia, ganhei novos companheiros de quarto. Uma italiana e uma holandesa. Ficamos em seis no quarto.
Infelizmente não pude ficar mais tempo no Geko, porque os próximos dias estavam todos reservados para turistas.  Então aproveitei o dia lindo que fez no domingo e fui conhecer e fotografar a cidade e também vender mais adesivos para pagar a minha estadia.
Antes tomei um café da manhã delicioso com direito a um visual paradisíaco.

Big café da manhã em frente ao mar depois de uma ótima noite de sono...
Quero agradecer também de todo o coração, ao pessoal do Geko Hoste , especialmente para a Flor.

Andando pelas ruas da cidade conheci o Marcos, que ficou impressionado com toda a história e me convidou para almoçar em sua casa. É realmente incrível a quantidade de pessoas que já me ajudaram pelo caminho. Valeu Marcos!
Quando fui me despedir de meus amigos do Geko, acabei ganhando as diárias da Flor. Que presentão! Obrigado mesmo Flor ; )
Me indicaram outros hosteis e acabei ficando no Aracê até seguir viagem.

Meu celular que já estava dando várias panes deixou de funcionar de vez. Procurei uma assistência técnica e me disseram que, como tinha caído no mar, teriam que fazer uma limpeza geral. Pensei comigo: Tubo bem! Mesmo tendo outro celular junto, “o meu tijorola” eu precisava muito daquele aparelho até porque estava registrando tudo com ele!

Paraty é uma cidade encantadora. Pena não estar aqui a passeio e junto do meu amorzinho... :(



Agora falta pouco... Menos de 300 km até o PROJAC. É Caldeirão, estou chegando!

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