quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Despedida de Praia Grande, tudo de bom - 28/11/2011

Nossa, o pessoal da TV ficou um tempão lá gravando. Depois que eles foram embora, jantei com meus novos amigos e o sono começou a pegar, aí me veio uma pergunta: Será que eu realmente poderia dormir ali aquela noite? Pois a casa me parecia pequena ao contrário da família que eram em "Doze" (MÃE ALZIRA, A IRMÃ MÁRCIA E SEUS DOIS FILHOS ALINE E DIEGO, A IRMA ANDRÉIA E SEUS DOIS FILHOS WILIAN  JÚNIOR E GABRIEL, A IRMÃ DANIELA E SEU FILHO LEANDRO, A LUCIANA E O FERNANDO COM A FILHA  BRUNA E AINDA, NESTE DIA QUE ESTIVE LÁ, RECEBERAM A VISITA DA TIA VERA). Fiquei preocupado quando os vi arrumando alguns colchões no meio da sala! Perguntei o porque daquilo e a Luciana me disse que não tinha quarto pra todos. Então eu falei que não queria incomodar, que iria procurar uma igreja ou até hotel mais barato, como já tinha feito várias vezes. Mas eles insistiram pra que eu ficasse lá. Disseram pra eu não me preocupar que tinham lugar pra eu ficar!
Então tudo bem. Fui tomar um banho e quando chegou à hora de dormir não acreditei no que fizeram. Luciana e Fernando tinham arrumado a cama deles pra eu dormir. É claro que eu não quis aceitar. Imaginem, o casal dormir no chão pra me deixar dormir na cama deles?! Mas eles fizeram questão, disseram que sabiam que eu estava cansado e com dores. Bom, isso não tinha como negar. Durante o dia que fiquei ali com a família eu malmente conseguia sentar por causa das assaduras. 
Eles disseram que ficariam chateados se eu não aceitasse. Então, como eu não queria magoar meus novos amigos e eu realmente estava muito cansado, acabei aceitando. 
No outro dia, depois de uma noite de sono maravilhosa, tomei o café da manhã e me despedi da família, que como eu disse no começo deste texto, “Me abraçou de todas as formas”. Além do abraço que dei em cada um deles na hora da despedida, durante a gravação da reportagem para a TV Tribuna também ganhei outro abraço coletivo dessas pessoas tão especiais que abraçaram minha causa.
Ainda antes de ir embora a Luciana me passou o contato de uma pessoa da Prefeitura da cidade, com quem tinha falado para conseguir outra reportagem no jornal do município. Agradeço imensamente a essa família maravilhosa de um coração enorme, que realmente vestiu a camisa do propósito desta viagem.
Esta foto foi tirada pelo pessoal da prefeitura de Praia Grande, que fez inclusive uma matéria comigo em relação a ciclovia da cidade, logo abaixo segue a matéria cedida e enviada por Jaqueline de Marco. Obrigado!













Por Jairo Marques– 29 de novembro de 2011

Trânsito
Ciclista de Santa Catarina conhece Praia Grande
Oriel Fascino atualiza seu blog com informações sobre as Cidades que visita

“Oriel quer casar”. Este é o nome do blog onde o ciclista Oriel Fascino, de 32 anos, registra toda sua trajetória com destino ao Rio de Janeiro, que teve início em Pomerode, Santa Catarina, no dia 11 de novembro. O nome sugestivo do site refere-se ao objetivo da aventura, pois o que Oriel quer é conseguir o apoio de um programa de TV para realizar seu sonho: casar com Jailene, com quem namora há 12 anos. De passagem por Praia Grande, Oriel conheceu a infraestrutura cicloviária da Cidade. Após visitar diversos Municípios durante a viagem, ele destacou o incentivo de Praia Grande a utilização de bicicletas. 
Em Praia Grande, Oriel andou pelas principais ciclovias da Cidade, como as das Avenidas Presidente Castelo Branco e Dr. Roberto de Almeida Vinhas. “A orla de Praia Grande é muito bonita e limpa e me chamou atenção a quantidade de câmeras espalhadas por toda Cidade. Diferente de muitos locais que eu visitei, aqui tem uma grande estrutura para ciclistas, com ciclovias interligadas entre si”.
Oriel elogiou também o projeto municipal Ciclista Cidadão. “Fiquei hospedado na casa de uma pessoa que está cadastrada na campanha e tem um adesivo numerado colado em sua bicicleta. Achei muito importante a iniciativa. Nunca vi nada parecido antes. Praia Grande está de parabéns”. 
Trajetória - Depois que fortes chuvas causaram alagamentos e desmoronamentos na sua cidade no início deste ano, Oriel perdeu todas as suas economias. “Eu e minha noiva tínhamos uma loja de chocolates e investimos muito para a páscoa deste ano. Estávamos juntando dinheiro para conseguirmos casar, mas não contávamos com esta tragédia”. 
Segundo Oriel, com a ajuda de amigos e solidariedade de estranhos, ele conseguiu comprar uma bicicleta para partir em direção ao Rio de Janeiro. “Pensei numa forma de chamar atenção para a minha história e conseguir realizar meu sonho. Como nunca fui atleta e não tinha costume de andar de bicicleta, achei que seria uma boa opção”. 
Para conhecer mais sobre a história de Oriel e toda sua trajetória, acesse o blog http://orielfascino.blogspot.com/.

Ciclista Cidadão – Com o intuito de mapear ciclistas residentes em Praia Grande com a entrega de cartilhas educativas e de adesivos numerados, desde setembro, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte está realizando o projeto Ciclista Cidadão. Estão sendo distribuídos 50 mil Manuais do Ciclista Cidadão, que contêm normas de trânsito específicas e dicas de segurança. Dentro do manual também há uma ficha de identificação. 
Somente após preencher o cadastro o ciclista receberá o adesivo numerado, que deverá ser colados na lateral das bicicletas como forma de identificação. “Com o mapeamento dos ciclistas, poderemos realizar trabalhos mais direcionados e, assim, prevenir ainda mais possíveis acidentes”, afirmou o secretário de Trânsito e Transporte de Praia Grande, Eduardo Rodrigues Xavier. 
Ciclovias - Com 76,5 quilômetros construídos, Praia Grande é a cidade com maior número de ciclovias na Baixada Santista, e uma das principais em todo o País. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, na Cidade, até o ano de 2009, 92.573 pessoas possuíam bicicletas. Destas, estima-se que cerca de 60 mil usem o veículo como principal meio de transporte. 
Desde que o Município começou a ganhar ciclovias, o número de acidentes envolvendo bicicletas caiu aproximadamente 30%, de 258 em 2004 (ano que foi realizado o primeiro levantamento sobre o tema) para 179 em 2010. A Associação Brasileira de Ciclistas já homenageou Praia Grande duas vezes (anos 2007 e 2008) com o troféu “Cidade Amiga da Bicicleta”. 
Além disso, em 2010 Praia Grande foi homenageada com o troféu Cidade Amiga da Bicicleta, entregue pelo Instituto Pedala Brasil e União de Ciclistas do Brasil, durante o evento Bicicultura, realizado na cidade de Sorocaba no mês de dezembro. 
Quase saindo da cidade de Praia Grande, encontrei o Palácio das Artes e resolvi para e mostrar um pouco mais desta cidade que me acolheu super bem. E Pra minha sorte e surpresa, conhecia a Lourdes que ligou para um amigo seu da fundação cultural do Guarujá e garantiu minha estadia naquela cidade. 

No Palácio das Artes em Praia Grande...


Olha que interessante..."Quadro feito todo com caneta Bic"


Valeu gente, obrigado Lourdes!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Matéria no Jornal da Tribuna/SP afiliada da Rede Globo - 28/11/2011

A Luciana é super querida! Na casa, me apresentou sua mãe Alzira e parte de sua família. Nem todos estavam lá na hora em que cheguei. Seu marido Fernando e suas irmãs estavam no trabalho e só fui conhecê-los depois. Como ainda era cedo e a cidade de Santos não era longe dali, cheguei a pensar em seguir viagem naquele mesmo dia. Mas a Luciana me convenceu a ficar quando me disse que tinha ligado pra equipe da TV Tribuna de São Vicente e passado a história como sugestão de pauta e que eles se interessaram. Só precisavam aguardar a confirmação da central Globo de São Paulo para retornar a ligação e nesse caso virem até a casa dela fazer uma matéria comigo. 

Passei a tarde toda com Dona Alzira e a Luciana até toda a família voltar do trabalho e da escola. Perto das 18h00min o telefone toca e todo mundo vibrou com a notícia. 
Uma repórter estava vindo fazer a entrevista! 
Nina Barbosa e o cinegrafista Fernando Skillo, chegaram depois de uma hora e foram pedindo detalhes da história.
Obrigado pessoal da TV Tribuna. Ficou show de bola! Abraços para Nina Barbosa e Fernando!


Queriam saber o que a Jailene, minha noiva, achava de toda essa loucura e como eu fazia pra me comunicar com ela e com minha família todos esses dias longe. 
Falei que conversávamos às vezes pelo celular, por torpedos ou ainda pelo MSN na Internet. Eles pediram se eu tinha um computador junto comigo e eu disse que não, só usava a Internet quando tinha nas casas onde eu ficava e algumas poucas vezes em Lan Houses. 
Eles pediram se na casa havia Internet e webcam e se eu conseguiria entrar em contato com a Jailene pra que eles entrevistassem nós dois juntos. Por sorte a Luciana tinha Internet na sua casa e Fernando, seu marido, tratou logo de trazer o notebook que tem câmera. 
Aí a baixo vocês podem ver como ficou a matéria com a entrevista:

Este dia foi incrível! Em Praia Grande - 28/11/2011

Graças à família de Luciana Pereira Romoaldo, que me abraçou de todas as formas. Teve até reportagem para a equipe da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo...
Há algum tempo atrás, minha prima Ilaine havia me falado de uma amiga virtual sua. Que assim que soube que eu estava indo de bicicleta até o Caldeirão do Huck para pedir meu casamento, se dispôs a me ajudar quando eu estivesse passando por sua cidade. Bom, a cidade onde ela mora, Praia Grande, era o meu próximo destino. E eu fiquei feliz em saber que a história já estava ultrapassando fronteiras através da Internet e mobilizado pessoas com quem eu poderia contar. Eu só não imaginava tamanha da ajuda que eu iria receber! 

Eu já tinha o endereço e o telefone da Luciana, mas ainda faltavam uns kilômetros até a cidade. Eu estava muito cansado e não aguentava mais ficar sentado na bike por causa de assaduras que estavam me matando. Caía uma garoa fina e eu ainda estava na rodovia Padre Manoel da Nóbrega (BR-101), quando parei em um posto da Polícia Rodoviária Federal e pedi qual era o melhor caminho para chegar à cidade de Santos. Eu sabia que se seguisse pela BR, chegaria lá, mas quis saber qual caminho era o mais seguro, afinal aquela era uma região metropolitana e eu andava sozinho por lugares desconhecidos. Pra minha surpresa e pavor o policial me disse que tinham acabado de sair duas viaturas para atender a uma ocorrência, onde marginais estavam bloqueando a BR com pedras para assaltar os motoristas. Disse também que a rodovia passava no meio de comunidades e por isso me aconselhou a seguir pela orla que tinha monitoramento por câmeras e ciclovia. Lógico que eu aceitei o conselho. Faltava pouco até o primeiro acesso pra a cidade, quando vi algo estranho em um ponto de ônibus. Na hora que tive certeza, não tinha mais o que fazer. Era um assalto a mão armada! Pensei meu Deus! 
Não tinha como atravessar a 101 por causa do movimento e também da mureta de proteção que dividia as pistas. Parar e voltar nem pensar! Eu já estava perto demais pra fazer isso e se os assaltantes ainda não tinham me visto, com certeza iriam ouvir o barulho do freio da bicicleta e me mandar parar! Então pedalei o mais rápido que pude pra tentar passar despercebido. Graças a Deus deu certo! Nunca corri tanto. Acho que fiz de 0 a 100 km/h em questão de milésimos de segundo... Ufa! 
Passado o susto e agora já pedalando pelas ciclovias da orla, parei em um quiosque, de onde liguei para Luciana. Ela me pediu pra esperar ali e veio me encontrar de bicicleta junto com seu sobrinho.


Chegando em Mongaguá - 26/11/2011 à 28/11/2011

Saí de Miracatu logo cedo. Pedalando pela rodovia Padre Manoel da Nóbrega, passei pelas cidades de Pedro de Toledo, Itariri, Peruíbe e Itanhaém até chegar a Mongaguá.

Passando por Pedro Toledo...

O percurso mais cansativo foi o de Peruíbe até Mongaguá. São cerca de 50 km pela BR-101 sem nenhuma curva no caminho. No trajeto entre Miracatu e Mongaguá, minha janta foi aqui. Muito obrigado pelas bananas seu Antônio e dona Edinéia ... Espero ter escrito os nomes certos... ; ).

Cheguei no meu destino por volta das 20:00, já escurecendo e fui novamente à procura de uma igreja para passar a noite. Encontrei a Igreja Nossa Senhora Aparecida no centro da cidade, mas o padre que tinha acabado de rezar a missa, havia saído para atender a outra comunidade e deveria demorar a voltar. Conversando com uma das beatas da paróquia, ela me disse que também estava havendo uma conferência na igreja e que casa paroquial estava cheia. Ela acreditava que o padre não teria como me dar abrigo aquela noite. 
O pessoal de um quiosque no pátio da igreja me disse que do outro lado da rodovia eu poderia encontrar um hotel ou pousada em conta e foi o que eu resolvi fazer.
Antes precisava comer algo. Parei na Sorveteria São Paulo (Kibon), onde consegui um lanche com as meninas que trabalhavam lá. Muito obrigado Tatiane, Bethy e Mayara! Do outro lado da BR-101 encontrei uma pousada mais em conta e passei a noite ali. 

Na cidade de Mongaguá:

Acordei no outro dia com um barulho forte de chuva. Olhei pela janela do quarto e não deu outra... Parecia que o mundo ia desabar! E foi assim o dia todo, choveu torrencialmente. Então decidi esperar e passei quase o dia inteiro no hotel usando a Internet para atualizar o blog e é claro, matar um pouquinho a saudade do meu amorzinho pelo MSN.

A acolhedora Miracatu - 25/11/2011 à 26/11/2011

Passei ainda ao lado da pequena Juquiá, e cheguei em Miracatu no final da tarde.

Como de costume fui procurar uma igreja para conseguir abrigo.
Igreja centenária de Miracatu-SP...

Em frente à igreja da cidade, conheci um pessoal do A.A. (Alcoólicos Anônimos), que me disseram que nenhum dos padres estava na paróquia naquele momento. Todos estavam atendendo alguma outra comunidade. Resolvi esperar e fiquei ali conversando com o pessoal que queria saber detalhes sobre a história.
Praça de Miracatu...

Já era noite quando chegou o padre Dionísio, que ouviu minha história dos membros do A.A. e me acolheu.
Na casa paroquial tomei aquela ducha e depois fui jantar com o padre. Conversamos por um bom tempo e antes de ir dormir ainda lavei minhas roupas. Coisa que não é todos os dias que estava conseguindo fazer.
No outro dia acordei e depois de tomar aquele café da manhã que a secretária Sandra tinha preparado, me despedi de todos e peguei a estrada mais uma vez.
Agradeço muito, pela minha estadia na cidade, ao Padre Dinísio e a secretária Sandra da "Comunidade Redentorista de Miracatu". E também ao pessoal do AA lá da praça. Muito obrigado!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Passada por Registro - 25/11/2011

Naquela manhã saí pedalando rumo a Miracatu, mas antes fui até a cidade de Registro para tentar falar com uma repórter da TV Tribuna. Quando estive em Cananéia, me deram o contato dela e disseram que talvez ela poderia me ajudar a divulgar a história.
Pedalei pela SP-226 até chegar na Rodovia Régis Bittencourt. 

A caminho... não dá pra ler a placa, mas foi aí que entrei na Rodovia Régis Bittencourt...

Passarela em cima da Rodovia Régis Bittencourt:

Em cima da passarela com cara de acabado, estava muito quente!

Já da rodovia pude ver de longe a cidade que é toda plana com várias construções baixas e no centro da cidade tem dois prédios de uns quinze andares que se destacam. Acho que são os únicos da cidade! Achei bem curioso. A cidade é colonizada por japoneses e passando pela Rodovia tirei esta foto do monumento em forma de origami, antes da bateria do celular acabar!

 Entrada de Registro!

Procurei pelo endereço que haviam me passado, mas quando cheguei me disseram que a repórter estava de férias... Fazer o que?!
Aproveitei para fazer um lanche, pois já era quase meio-dia e segui para o meu próximo destino, Miracatu.
 
Motivo pra comemorar... 500 km! uhuhhhhh

Pariquera-Açú - 24/11/2011

Essa foto já é no caminho para Pariquera- Açú!


Saí de Cananéia, já era quase meio-dia. Meu objetivo naquele dia era de chegar na cidade de Registro, mas como ficou muito tarde acabei parando em Pariquera-Açu. Tentei buscar abrigo na igreja da pequena cidade, mas o padre não estava. Como estava anoitecendo e precisava arrumar algum lugar para dormir, consegui um quarto em um hotel mais barato e a noite saí para mandar as últimas fotos e vídeos para a minha noiva pela Internet. E claro, matar a saudade conversando com ela pelo MSN.
Na Lan House "Zip.com" conheci as meninas Margarete, Priscila e a Débora (que não apareceu na foto, pois era quem estava fotografando). Como a maioria das pessoas que encontrava, elas ficaram admiradas com a loucura de amor que eu estava fazendo e nos desejaram sorte.
Valeu garotas!


Infelizmente não pude tirar fotos da cidade, pois cheguei à noite e acabei esquecendo de carregar o celular  para fotografar no dia seguinte... : (

Dormindo na casa do pai de santo... Cananéia - 22/11/2011 à 23/11/2011

Acordei cedo com o mestre Walter batendo a porta. Arrumei minhas coisas e fomos até o cais. A lancha funciona como uma espécie de ônibus para os moradores, pois o acesso para a cidade é através do canal. Durante o trajeto fui conhecendo um pouco mais sobre meus novos amigos e um deles, Toninho, o cobrador, me ofereceu sua casa para pernoitar quando chegássemos à cidade. E é claro que eu aceitei! Chegamos em Cananéia e a primeira coisa que fiz foi procurar um telefone público e ligar pra Jailene. Eu estava há dois dias sem contato com ela e com minha família, desde que meu celular havia caído no mar na ilha do Superagui. Ela já estava desesperada e minha família então... Mas depois de explicar o que tinha acontecido ela ficou mais tranqüila e disse que avisaria a todos!  
Fomos até a casa de Toninho e no caminho conversando sobre várias coisas, ele me disse que tinha um terreiro de Umbanda em casa, pois era pai de santo!
Fiquei arrepiado! Tentei aparentar calma, mas fiquei me borrando.
Puro preconceito! Que fiz questão de dizer a ele que eu tinha justamente por não conhecer nada a respeito. Falei pra ele que sou cristão, mas que também sou curioso e acho que não se pode falar a respeito de algo sem antes conhecer. E ele falou um pouco mais sobre a Umbanda e também explicou a diferença entre ela e o Candomblé. Mais tarde já em sua casa, ele me convidou para assistir a uma sessão e eu pude ter mais uma experiência nova desta incrível viagem. Ganhei até um amuleto de presente! 










No outro dia, ele me levou até um amigo seu que tem uma informática e assistência técnica de celulares na cidade.






O Maurício da Full Cable, salvou meu celular o fazendo voltar à vida....rsss. Ah, mesmo voltando a funcionar, ele não estava com problemas na porta USB e não carregava mais. Então ele ainda me deu um carregador universal. Tudo isso de graça. Valeu mesmo de coração Maurício!

















Já era perto do meio-dia, ali mesmo na loja do Maurício apareceu o Curió. Um figura mega gente boa que tem um delívery na cidade e me arrumou uma quentinha na faixa.
Era muita comida e muito gostosa. Brigadão Curió!















Como em Paranaguá, o pneu traseiro da bike tinha estourado e eu estava pedalando desde lá com ele remendado, fui atrás de um novo enquanto o Maurício arrumava meu celular!
Aproveitei para conhecer a cidade e fiquei surpreso em saber que ela foi o primeiro povoado do Brasil em 1502.
No final da tarde, já com meu celular funcionando, ganhei um lanche na casa do pão de queijo e como já estava tarde pra pedalar até a próxima cidade, resolvi voltar para a casa do Toninho e pedir para dormir mais aquela noite ali.
Mais uma vez ele me recebeu super bem! À noite fomos à casa de um amigo dele muito gente boa, que faz umas panquecas ótimas e tem uns bichinhos de estimação meio exóticos... Umas cobras que vivem em cima do sótão. Já pensou eu acordar com uma te abraçando?!
Toninho que é o rei momo dos carnavais da cidade já há alguns anos, ficou inconformado quando eu disse que na minha cidade não tem carnaval, nem mesmo é feriado no dia.
No dia seguinte depois de me despedir de Toninho, fui fotografar essa linda cidade, agora que podia usar novamente a câmera do celular. Cananéia hoje cidade, foi o primeiro povoado do Brasil em 1502!  


























Igreja Matriz de Cananéia, construída no século XVl ...

Fui até o museu da cidade e conheci os amigos Noemi e Domingo. E entre as muitas relíquias desse pedaço de história viva do Brasil, fiquei impressionado com o tamanho do tubarão branco capturado em Cananéia. O segundo maior tubarão já capturado no mundo e está lá empalhado para quem quiser ver. Cheguei a fazer um vídeo com o Domingos, mas acabei não postando porque o áudio ficou muito baixo  :(

No pouco tempo em que estive em Cananéia, fiz muitos amigos e quero agradecer a todos que me ajudaram.
Novamente a tripulação da lancha Valongo. Ao Maurício, Curió, Domingo, Noemi e todos os demais que não lembro os nomes. E em especial ao mestre Walter e ao Toninho essas duas pessoas boníssimas, de um coração enorme que me receberam em suas casas ... Obrigado por tudo!

E pra acabá!!! hehehehe ... Dois dias depois das queimaduras (me recuperando em Cananéia)... no dia não pude tirar fotos porque meu celular havia caído no mar e só mais tarde consegui recupera-lo ali na cidade graças ao meu amigo que já mencionei no começo desta postagem...

Quase fui parar numa cidade fantasma ... Urhr!!


Continuação... Pontal da Ilha do Cardoso / Vila do Marujá / Vila do Ariri - 22/11/2011
Não pude tirar foto porque o celular havia caído no mar e não estava funcionando mais :(
Tinha acabado de ser resgatado por uma lancha depois de ficar ilhado num banco de areia na Ilha do Superagui. O pessoal da terra da garoa me deixou no Pontal da Ilha do Cardoso. E eu tive mais um motivo pra comemorar... Estava agora no estado de São Paulo!
Pedalei até o fim da praia e ela simplesmente terminou em um costão cheio de rochas sem condição de seguir em frente. Vi um casarão abandonado e uma pequena trilha ao lado. Seguindo por ela, cheguei à vila do Marujá nas margens do canal do Varadouro que liga a Ilha do Cardoso à cidade de Cananéia. Por sorte cheguei no mesmo instante da “lancha”, como é chamado pelos moradores o barco da DERSA que faz o trajeto até a cidade. Conversei com o mestre do barco que me disse que o mesmo vinha de Cananéia e que só voltaria para lá no dia seguinte, pois naquele momento estava seguindo para o Ariri.
Eu não tinha muita opção. Era isso ou então pagar quase dez vezes mais para uma voadeira me levar direto para Cananéia pelo valor de R$ 300,00. Não pensei duas vezes e tratei de botar logo a bike pra dentro do barco! Durante o trajeto, conversando com a tripulação tomei um susto quando soube que quase fui parar em uma “Cidade Fantasma”. É que em Superagui haviam me falado para tentar atravessar até a Vila do Ararapira e lá esperar a “lancha” que iría para Cananéia. Não sei se entendi errado ou o que aconteceu, mas o certo era eu ter pedido para ir para a Barra do Ararapira e não para a “Vila”, que está abandonada a anos. Minha sorte foi o pessoal que me resgatou ter me deixado no Pontal. Caso contrário eu teria ficado um bom tempo ilhado na “Cidade Fantasma” esperando por um barco que nunca viria... Ufa!
Chegamos a Vila do Ariri e o mestre Valter me ofereceu pouso na casa que ele tem na vila.
Aproveitei o final da tarde para conhecer o local e a noite, toda a tripulação se reuniu para comer um delicioso robalo ensopado. Não lembro exatamente o nome do cozinheiro. Mas quero deixar registrado que foi o melhor peixe que já comi na vida!
Muito obrigado a toda a tripulação da lancha Valongo!

“Maior sufoco” Fiquei ilhado num banco de areia - 21/11/2011

Acordei neste pedaço do paraíso chamado Superagui depois de uma boa noite de descanso e de um sonho maravilhoso que tive como meu amorzinho.
A família Michaud já se preparava para mais um dia de trabalho. Seu João com seus quase oitenta anos, é um dos pescadores mais velhos da ilha e um dos únicos que confecciona e conserta redes de pesca.
Fui até a mercearia comprar pão e tomei café junto de meus novos amigos antes de me despedir deles e da ilha. Depois me informei com alguns nativos como cruzar para o meu próximo destino, “Cananéia”. Me disseram para procurar o pescador solitário que vivia no final da ilha e na casa dele passar um rádio para algum barco que me levasse até a “Vila do Ararapira” e de lá pegar outro barco para Cananéia.
O tempo ficou nublado e de repente começou a cair uma garoa fina. Eu resolvi não passar protetor solar. Tinham muitas conchas na areia e acho que foi isso que fez o pneu dianteiro furar quando eu tinha pedalado uns dez kilômetros por uma praia deserta. O sol apareceu novamente e começou a esquentar, mas eu estava com o corpo cheio de areia e por isso não quis passar o protetor. Cheguei à casa do pescador solitário, mas o rádio dele estava quebrado. Segui em frente até o final da ilha.
Fiz quase 40 kilômetros e posso dizer que pedalar na areia não é tão fácil como eu pensava. Pois dependendo do horário, o vento vira contra e a maré sobe, te obrigando a subir para a parte onde a areia é mais fofa... Aí gente fica difícil sair do lugar!
Quando cheguei no final da ilha, não vi nenhum barco, apenas areia e mar. Fiquei ali por um bom tempo debaixo daquele sol que naquela hora estava de rachar, até que apareceu uma lancha, mas estava muito longe, então comecei a fazer sinal e ela se aproximou. Eu estava na barra do canal, perto do mangue e tinham muitos tocos de árvores. Então pra facilitar pro pessoal da lancha eu ergui a bike e fui caminhando mar adentro até um banco de areia que tinha ali. O que não percebi é que a maré estava subindo e quando cheguei no banco de areia e olhei para a lancha, ela já estava longe... Não tinham me visto!
Quando me dei conta eu estava ilhado e a maré continuava subindo. Tirei a camisa laranja que estava usando e comecei a sacudi-la, berrando como um louco até que o pessoal da lancha finalmente me viu e vieram me resgatar. Quando chegaram, eu já estava com a água na altura dos joelhos, isso no banco de areia onde já era mais alto.  Imaginem o meu sufoco!  

Quero agradecer muito meus amigos Edes, André, Willian, Ander e o Stanley que vieram ao meu encontro em BARRA ARARAPIRA e me atravessaram do Paraná até a Ilha do Cardoso/ São Paulo, muito obrigado pessoal! Ah e desculpa por ter estragado a pescaria...hehehehe
Valeu Édes por ter batido as fotos e "muito obrigado" Renata Neves por ter me passado elas.
Durante a travessia comi uns biscoitos e esse foi o meu almoço... tri gostoso!

Momento registrado: Travessia do PR à SP!




Já do outro lado pedalei até Marujá onde peguei a lancha e cheguei em "Ariri" onde dormi e jantei na casa do mestre do barco "Walter", obrigado de coração mestre!

domingo, 27 de novembro de 2011

Travessia para Ilha de Superagui - 20/11/2011


Cheguei à ponta da Ilha das Peças e para atravessar para a Ilha de Superagui, precisava chamar a atenção de algum barco de pesca.
Logo na beira do canal vi um pescador com um menino de uns dez anos em uma canoa. Pedi que ele me ajudasse chamando um barco. E ele mesmo se ofereceu a fazer a travessia.
Fiquei com receio. O canal era muito extenso para atravessar de canoa e eu achava que a bicicleta nem caberia dentro dela! Mas ele me tranqüilizou, disse que seria só até a metade do canal. Dali até a próxima ilha a gente iria com o barco dele que estava ancorado na metade do caminho. A canoa chegou até a inclinar quando coloquei a bike dentro dela!
O Mauro, o pescador, pediu que eu sentasse na proa, ou seja, fiquei na ponta da canoa de costas para o mar. Fui ficando nervoso à medida que entravamos canal adentro.
Eu não estava com medo... Estava mesmo APAVORADO!!!
Acho que um pouco pelo fato de não saber nadar e outra, porque ver aquele menino tirando a água das ondas de dentro da canoa com um baldinho não era nada animador.
Confesso que tentei registrar o momento da travessia, mas não sei por que razão, minhas mãos estavam grudadas naquele casco e não me deixaram pegar a máquina.
Fui obrigado a perguntar para o Mauro: --- Não tem perigo da canoa virar?
E ele disse: --- Não, é muito difícil!
Porque eu fui perguntar? Muito difícil quer dizer que já aconteceu!
Meu maior medo era da bike cair no mar com todas as minhas coisas. Porque que eu até daria um jeito de me segurar na canoa... Eu acho! 
Pareceu uma eternidade, mas chegamos até o meio do canal. Outro sufoco foi ficar em pé na canoa e erguer a bicicleta para cima do barco que estava ali do lado. Graças a Deus deu tudo certo! Dentro do Toc-toc, como chamam esses barcos com motor dois tempos, já fiquei bem mais tranqüilo. Aí deu até pra conversar e contar ao Mauro e seu filho toda a história.
Esse momento da travessia foi à única coisa que consegui registrar da linda ilha de Superagui. 

Pois na hora de desembarcar, meu celular caiu no mar e eu nem notei. O garoto foi quem percebeu e tirou ele da água.
Eu saí correndo desesperado... Tinha muitas fotos e vídeos no aparelho, além de ser o meio de me comunicar com a Jailene e com minha família e também de me localizar. Achei uma pousadinha em construção na pequena vila e pedi para usar o banheiro. Abri o aparelho, tirei o cartão, o chip e a bateria e deixei um tempão em baixo da água para tirar o sal. Depois, agradeci ao dono da pousada e saí numa espécie de caça ao tesouro... Nunca pensei que fosse tão difícil encontrar algo que para mim era tão comum. Andei por toda a vila de aproximadamente 600 habitantes e só no final da tarde é que encontrei um jovem casal que tinha um SECADOR DE CABELOS.
Sim, precisei usar um para secar o celular. Mas quem disse que ele voltou a funcionar. : ((
Cheguei a tomar um café com o casal que foi super gente boa, mas infelizmente não lembro mais o nome deles. Fiquei desorientado com o que tinha acontecido!
Até tentei continuar o pedal naquele dia, mas me disseram que a maré estava subindo e que eu não conseguiria chegar até a ponta da ilha. Ficaria ilhado numa praia deserta! Então comecei a procurar algum lugar para dormir ali. Foi uma experiência incrível!
A pequena casinha de madeira no meio da vila de pescadores, onde passei a noite, abriga a família de dona Bega e seu João Michaud. Quem me recebeu foi o Gláucio. O mais velho dos quatro filhos do casal. A casa da família Michaud foi o cartão de visitas da generosidade e hospitalidade deste povo caiçara. O pouco que tinham, fizeram questão de dividir comigo. À noite jantamos um delicioso peixe, defumado por eles ali mesmos no ranchinho do quintal, que também é a cozinha da casa. E depois de assistir ao filme de minhas memórias dos últimos dias no telão de “4D” projetado no céu estrelado daquela linda noite, fui me deitar pensando em minha amada.

Quero ver o caldeirão ferver!

Aew pessoal, esta é a música que fiz para o Programa do Caldeirão pedindo pra casar!

Trajeto percorrido!



De R. Massaranduba, Pomerode - SC, 89107-000 a Estr. Três Barras - Google Maps
(fiz um balão por Blumenau, pois o pessoal de lá me ajudou muito!)

De Estr. Três Barras - Rio Bonito, Joinville - SC a Itapoá - SC - Google Maps
(Para chegar ao destino de Itapoá, passaria por Joinville e iria de balsa, mais devido as chuvas fiquei sabendo que no lado de Itapoá depois da balsa havia um trajeto de uns 15 km de pura lama, por isso fui obrigado a fazer o balão por fora ... :(  )


(na verdade não foi bem este o trecho que peguei, passei por Superaguí, depois cheguei em Ariri e atravessei de barco até Cananéia, mais não consegui mapear por lá no google)



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Este é o vídeo da música que fiz pra mulher da minha vida!

Tudo por você!


Chegando na Ilha das Peças - 20/11/2011

Acordei com o despertador do celular berrando no meu ouvido e não perdi tempo para levantar! Havia apenas um único barco para a Ilha do mel aos domingos.
Tomei um rápido café e me despedi agradecendo a família que havia me abrigado àquela noite. O Jauri me levou até o trapiche! Aproveitei para fazer algumas fotos do centro histórico de Paranaguá.

Na hora de embarcar, descobri que o barco para Ilha do Mel já tinha partido. E outro, só no dia seguinte! Me informei e a melhor opção seria seguir para a Ilha das Peças. E o barco estava quase de saída. Não tinha muito tempo pra pensar! Me despedi do meu novo amigo e bóra com a magrela pra dentro do barco!

Durante a vigem de barco, muito linda por sinal, comecei a pensar em tudo o que já passei nesses últimos dias. 

Contando todas cidades por onde passei até Paranaguá, já foram 408km. 

Hoje faz dez dias que saí de Pomerode, dez dias sem ver minha amada, minha família e meus amigos. Confesso que nunca fiquei tanto tempo longe de casa e das pessoas que eu amo. A saudade está batendo! Meu consolo é ter conseguido falar todos os dias com meu amorzinho até agora. Às vezes pelo celular e outras pela Internet nas casas onde consigo abrigo!

O pequeno barco atracou no trapiche da ilha. Fui colher informações de como chegar à próxima ilha já que não tinha como mapear através do google maps no celular alí. Aproveitei para conhecer alguns caiçaras e saber um pouco sobre o lugar. Tirei algumas fotos e ali mesmo próximo do trapiche, encontrei a “Cozinha Comunitária da Ilha das Peças”, onde consegui repor as energias com um almoço nota 10.
Parada pro almoço. Almoço na Cooperativa "Cozinha Comunitária da Ilha das Peças". Obrigado meninas... Estava realmente uma delícia. Eu recomendo!


A Ilha das Peças pertence ao município de Guaraqueçaba e também faz parte do Parque Nacional do Superagüi.
 
Lugar lindo....

Há duas versões para a possível origem do nome da Ilha. Alguns dizem que ela tem este nome porque era esconderijo para as peças saqueadas pelos piratas. E a outra versão diz que a ilha era usada como desembarque de escravos, que eram trazidos para trabalhar no sul. E estes eram chamados de peças.
Descobri que a ilha tem perto de 400 moradores e 40 crianças. Todos se conhecem pelo nome... Imaginem isso!

 Torre tombada...

Enquanto pedalava nas areias claras daquele lugar paradisíaco, o céu e o mar azul me faziam lembrar o tempo todo, dos olhos da minha linda Jailene. Como eu queria que ela pudesse estar ali comigo... Mas algum dia ainda vou trazê-la a este lindo lugar! 

Ninguém é de ferro, não resisti...pelo menos molhar os pés...hehehehe



Foram muitos kilômetros pedalando por lindas praias desertas, na companhia dos golfinhos, até chegar à ponta da ilha. Agora precisava torcer e esperar que algum pescador da Ilha de Superagui me vise por ali e me atravessa-se para lá.

 Algumas pra lembrança!

Já está deixando saudades...

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