Acordei com o
despertador do celular berrando no meu ouvido e não perdi tempo para levantar!
Havia apenas um único barco para a Ilha do mel aos domingos.
Tomei um
rápido café e me despedi agradecendo a família que havia me abrigado àquela
noite. O Jauri me levou até o trapiche! Aproveitei para fazer algumas fotos do
centro histórico de Paranaguá.
Na hora de
embarcar, descobri que o barco para Ilha do Mel já tinha partido. E outro, só
no dia seguinte! Me informei e a melhor opção seria seguir para a Ilha das
Peças. E o barco estava quase de saída. Não tinha muito tempo pra pensar! Me despedi do
meu novo amigo e bóra com a magrela pra dentro do barco!
Durante a
vigem de barco, muito linda por sinal, comecei a pensar em tudo o que já passei
nesses últimos dias.
Contando todas cidades por onde passei até Paranaguá, já
foram 408km.
Hoje faz dez dias que saí de Pomerode, dez dias sem ver minha amada, minha família e meus amigos. Confesso que nunca fiquei tanto tempo longe de casa e das pessoas que eu amo. A saudade está batendo! Meu consolo é ter conseguido falar todos os dias com meu amorzinho até agora. Às vezes pelo celular e outras pela Internet nas casas onde consigo abrigo!
O pequeno
barco atracou no trapiche da ilha. Fui colher informações de como chegar à
próxima ilha já que não tinha como mapear através do google maps no celular
alí. Aproveitei para conhecer alguns caiçaras e saber um pouco sobre o lugar.
Tirei algumas fotos e ali mesmo próximo do trapiche, encontrei a “Cozinha
Comunitária da Ilha das Peças”, onde consegui repor as energias com um almoço
nota 10.
Parada pro almoço. Almoço na Cooperativa "Cozinha Comunitária da Ilha das Peças". Obrigado meninas... Estava realmente uma delícia. Eu recomendo!
A Ilha das
Peças pertence ao município de Guaraqueçaba e também faz parte do Parque
Nacional do Superagüi.
Lugar lindo....
Há duas versões
para a possível origem do nome da Ilha. Alguns dizem que ela tem este nome
porque era esconderijo para as peças saqueadas pelos piratas. E a outra versão
diz que a ilha era usada como desembarque de escravos, que eram trazidos para
trabalhar no sul. E estes eram chamados de peças.
Descobri que
a ilha tem perto de 400 moradores e 40 crianças. Todos se conhecem pelo nome...
Imaginem isso!
Enquanto
pedalava nas areias claras daquele lugar paradisíaco, o céu e o mar azul me
faziam lembrar o tempo todo, dos olhos da minha linda Jailene. Como eu queria
que ela pudesse estar ali comigo... Mas algum dia ainda vou trazê-la a este
lindo lugar!
Ninguém é de ferro, não resisti...pelo menos molhar os pés...hehehehe
Foram muitos
kilômetros pedalando por lindas praias desertas, na companhia dos golfinhos, até chegar à ponta da ilha.
Agora precisava torcer e esperar que algum pescador da Ilha de Superagui me vise
por ali e me atravessa-se para lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário