Depois do delicioso almoço em
Matinhos, segui pedalando pela linda orla rumo à Paranaguá. Seria a primeira
cidade histórica que eu conheceria.
Há dois dias em Itapoá, a Ori e o
Neri me deram o contato de um amigo que poderia me dar abrigo. Liguei diversas
vezes pra os dois números, mas em nenhum deles atendia. Alguns
kilômetros à frente tive que sair da orla para pegar a rodovia. O caminho era
tranqüilo e a estrada boa, mas o calor estava insuportável. De repente o pneu
furou. Estava mesmo demorando pra acontecer... Bom, mas para tudo existe uma
primeira vez, então lá fui eu fazer o primeiro remendo no pneu da bike.
Parei em um ponto de ônibus e
comecei a tarefa. Enquanto eu literalmente dava o sangue... as botucas e os
mosquitos faziam um delicioso lanchinho.
Remendo feito! Até que não foi
tão difícil assim. Quando eu estava quase terminando de recolocar o bagageiro passou
por mim um ciclista, que me vendo com problemas voltou e ofereceu ajuda. Eu
aceitei! Terminarmos o conserto da bike e seguimos pedalando juntos. O cara era
um ciclista profissional, pode-se dizer assim! “Jauri”, um policial militar
aposentado. Me contou que mora em Curitiba e adora praia. Ele e a esposa se
conheceram em Paranaguá e como seu sogro ainda mora na cidade, aos finais de
semana ele costuma dar uma pedaladinha e desce a serra para ver o mar. Nada de
mais, uns 200km de ida e volta. Contei para o Jauri para onde eu estava indo e
por qual motivo, ele ficou impressionado com a nossa história e com a minha
coragem e disposição. Eu pude dizer o mesmo dele... Haja disposição para fazer
aquele trajeto quase todos os fins de semana enfrentado a serra de Curitiba.
Tive que confessar: O cara pedala muito rápido! Foi difícil de acompanhá-lo.
Ainda mais debaixo do sol de rachar que fazia naquele dia.
Chegamos em Paranaguá no final
da tarde. Liguei diversas vezes para a casa do amigo que o Neri tinha me
indicado para passar a noite. Mas novamente nada.
Preocupado, o Jauri me
convidou para ir junto até a casa do seu sogro. Disse que falaria com ele pra
tentar arrumar um cantinho.
Pedalamos até lá. Esperei do
lado de fora e logo o Jauri voltou dizendo que estava tudo ok. Entrei para
conhece o sogro dele. Enquanto eu
arrumava minhas coisas, o Jauri foi guardar as bicicletas, mas logo voltou
dizendo que o pneu traseiro da minha bike estava vazio.
Dá pra acreditar? Pedalei mais
de uma semana sem um único furo e agora, já tive dois em um único dia!
Depois de trocar a câmera e
montar a roda veio a surpresa. Na hora de encher vimos uma bolha... era o pneu que
tinha rasgado do desgaste. Ahhhh fala sério!!!
Não podia sair pedalando assim
no dia seguinte. O pior de tudo é que era sábado, o comércio já tinha fechado e
no domingo com certeza eu não encontraria nenhum lugar aberto para comprar um
outro pneu.
Pra minha felicidade, o
inquilino do seu do sogro do Jauri tinha uma oficina de bicicletas, ali mesmo no pátio onde
ele também morava. Eu até tinha percebido um ranchinho de madeira logo na
entrada do terreno, mas não imaginei que fosse uma oficina. Por sorte ele
estava em casa. Cortamos um pedaço de um pneu velho que conseguimos com ele e
colocamos pelo lado de dentro do pneu que estava rasgado. Não era como um pneu
novo, mas serviria até que eu pudesse encontrar uma bicicletaria pelo caminho.
Depois disso, entramos e me mostraram
o quarto onde eu dormiria terminei de arrumar minhas coisas e fui tomar aquele
banho!
Quando o Jauri preparava a
janta, sua cunhada Janine chegou com a filha.
Enquanto jantávamos,
conversamos muito e pude conhecê-los um pouco melhor. Queria poder conversar
mais, mas o dia seguinte prometia ser puxado. Dei boa noite a todos e fui
descansar!
20/11/2011 - Energias recarregadas, belo e lindo dia, aproveitando pra mostrar um pouco da cidade.
Eu no barco rumo a Ilha das Peças... Vejam o vídeo que fiz:
Vista do Porto de Paranaguá que vai ficando pra trás...
Registro do Mangue....
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