Na saída de Caraguatatuba, como de costume, fui pedir informação de como chegar a próxima cidade, Ubatuba. Não sei se me passaram a informação errada ou se fui eu quem não entendeu. Mas o fato é que errei o caminho e pedalei vários kilômetros subindo a serra sentido a São José dos Campos. É pra acaba : /
Agora no caminho certo, mas ainda em Caraguatatuba parei na praia de Massaguaçu para pedir informações em um quiosque. Por sorte encontrei o Mauro da foto abaixo, que me explicou o caminho até a entrada de Ubatuba e dali para Taubaté.
O policial rodoviário Mauro no seu dia de folga e seu amigo Edu do Quiosque Mar Ativo...
Conheci uma família super gente fina de Bauru que também me ajudou comprando alguns adesivos.
Estava demorando tanto pra chegar e eu estava pensando... Bem que podia haver um lugar alternativo... Quando em minha frente eis que surge...
Hehehehehe...
Chegando no trevo de Ubatuba, tive mais um motivo pra comemorar. Cheguei à marca de mil kilômetros pedalados... Sorte que consegui registrar o momento antes da bateria do celular com qual eu fazia as imagens acabar!
Agora começaria uma nova parte desta minha aventura rumo ao altar. Como vocês lembram, no começo da minha viagem, ainda no meu estado, eu passei pela cidade de Corupá para mostrar o seminário onde Padre Zezinho havia estudado.
Como já disse aqui no blog, tenho uma grande admiração por ele e adoraria que ele fizesse o nosso casamento juntamente com o Pastor Samuel. Já que Jailene e eu pensamos em fazer um casamento ecumênico por ela ser Luterana de essência.
Minha intenção agora era ir até a cidade de Taubaté onde reside e leciona o Padre Zezinho.
Há alguns dias atrás, eu havia conseguido o contato dele, tentei ligar algumas vezes, mas não tive sucesso!
Eu iria agora subir a serra pra tentar falar pessoalmente com ele. E depois disso ainda teria que decidir se eu desceria a serra novamente para continuar pela Rio-Santos, ou se seguiria até o Rio de Janeiro pela Via Dutra.
Comecei a pedalar pela rodovia Oswaldo Cruz sem noção do que me esperava pela frente... O caminho era muito bonito, mas chegando na serra, tive que testar os meus limites! A subida foi muito puxada e comecei a ter dores no joelho esquerdo. A estrada foi ficando cada vez mais perigosa, com suas curvas fechadas e sem acostamento em diversos pontos. E pra piorar, tive uma distensão na coxa... Afff
Quase na metade do caminho, em São Luís do Paraitinga, resolvi tentar ligar novamente para o contato que tinham me passado do Padre Zezinho Desta vez fui atendido, mas não tive uma notícia boa. Me disseram que ele estava em um evento fora do estado e que só voltaria na próxima semana : (
Não quis acreditar. Todo aquele esforço e agora de nada me adiantaria ir até Taubaté!
Até poderia continuar, mas sabia que ainda teria mais serras pela frente, sem contar que pelo que tinham me informado o caminho pela Via Dutra era bem mais perigoso.
Respirei fundo e resolvi voltar!
A descida foi bem mais tranquila apesar de ter que redobrar a atenção nas curvas super fechadas. O problema veio quando terminei de descer a serra... O pneu furou!
Depois de feito o remendo segui até a cidade de Ubatuba, morrendo de dores por causa da distensão! Lá, parei na primeira farmácia que vi para comprar uma pomada e um analgésico. Procurando por uma igreja, conheci o Luciano enquanto pedalava pela ciclovia. Ele estava voltando do trabalho, se não me engano ele era engenheiro florestal. Contando a ele minha maratona pra casar, ele me ofereceu abrigo em seu apartamento.
Sua mãe que morava em Piracicaba, estava o visitando. Dona Maria Isabel Casarini, é ceramista e faz um trabalho incrível em suas obras que são réplicas perfeitas de edifícios históricos feitos em cerâmica. Muito legal mesmo!
Naquela noite ganhei além de novos amigos, mais um presente pra me ajudar no caminho... Uma joelheira para não sentir tanto o joelho.
Obrigado mesmo gente e fiquem com Deus. Foi uma ajuda e tanto!
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